6 de dez. de 2013

Gente que Faz por Serra dos Aimorés  

João Eugênio - Mestre Kaxambu


Praticante de Jiu-Jítsu desde os 16 anos João Eugênio De Jesus Coêlho, mas conhecido como Mestre Kaxambu iniciou seu aprendizado nas Artes Marciais com o Sensei Yoschi Kamada, que foi um dos precursores do Jiu-Jítsu em Belo Horizonte [Yoschi Kamada juntamente com Takeo Yano que moravam em BH desde os anos 30 trinta, formaram vários professores da ARTE SUAVE¹].

João Eugenio de Jesus Coêlho- Mestre Kaxambu.
Faixa preta 5 grau de Jiu-Jítsu - 2 grau de Karatê
Posteriormente foi treinar no famoso porão da Igreja São Francisco, em Carlos Prates com o hoje Grão Mestre, Hilton Leão, competindo pela equipe até 2011, quando novamente foi Campeão Mundial.
Constam em sua galeria os títulos de Campeão Mundial em 2002 (Peso e Absoluto), 2003 e Vice em 2004. Campeão em 2011 [Vencendo um campeão Brasileiro e um campeão Pan-Americano].

Visando difundir a arte marcial na região em 1990 fundou em Nanuque (MG) a Equipe Jiu-Jikan Team Jiu-Jítsu

Incentivado pelo seu Mestre filiou a Equipe na Federação Mineira, Liga Brasileira de Jiu-Jítsu, Confederação Brasileira e recentemente na Confederação Internacional de Jiu-Jítsu, pois a Equipe estará levando atletas para competição que ocorrerá em Abu Dhabi [World Professional Jiu Jitsu Trial - Abu Dhabi Pro].

A Equipe participa de eventos desde 1993, construindo uma trajetória vitoriosa em vários torneios e campeonatos estaduais e nacionais.

PÑC – Ao longo desse tempo de existência da Equipe, quais foram os principais títulos conquistados pessoais e da Jiu - Jikan?

Mestre Kaxambu – Durante esse longo tempo de atividade, consegui muitos pela Federação Mineira e Confederação Brasileira, alguns divulguei fotos no antigo Orkut [Hoje G+], e no Facebook [João Eugênio]. Disputei a Copa do Mundo de Jiu-Jítsu e o Brasileiro de Jiu-Jítsu pela LBJJ, sendo VICE-CAMPEÃO, lembrando que não houve competidores da minha idade tendo lutado com atletas mais novos.
Não pretendo parar de competir por agora, é uma forma de exercer vigilância no meu estado físico e técnico, aprimorando minha capacidade como mestre. 
A equipe disputa O CAMPEONATO MINEIRO desde 1997, tendo conseguido vários títulos no infantil, infanto-juvenil e feminino, já no adulto tínhamos poucos atletas competindo em relação às demais equipes. Mas sempre tivemos campeões individuais, este ano mesmo fizemos alguns campeões, estamos esperando só a federação mineira divulgar. Lembrando que a equipe não é composta só de Serra dos Aimorés.

PÑC – Você acredita na possibilidade de nossa cidade de sediar uma etapa duma competição de estadual ou nacional? Há planejamento de a Jiu - Jikan promover competição entres suas academias?

Mestre Kaxambu Não, já é difícil levar nossos atletas pra competir. Pretendemos criar a COPA JIU-JIKAN, nos reuniremos para escolher o local de acordo com as viabilidades.

PÑC – Hoje a Jiu Jikan é mais que um nome se tornou uma grande rede. Conte nos como se deu essa transformação?

Mestre Kaxambu – À medida que estou aqui na região fui formando atletas que se tornaram professores, hoje temos filiais em Mucuri, Itabatã, Posto da Mata, Guriri, Medeiros Neto, Texeira, Nova Venécia, Mantena, Teófilo Otoni, Nanuque, e Serra dos Aimorés.

PÑC – Muitas pessoas não praticaram o esporte e muitas das vezes por preconceito, quais os principais benefícios desse esporte na vida das pessoas?

Mestre Kaxambu – Tudo que se refere ao corpo é envolvido com preconceito e jiu-jítsu é um esporte de corpo a corpo, não deixa de pagar seu preço por ser eficiente e mal usado por alguns praticantes, cabe aos mestres dedicar-se para provar ao contrário.
Os benefícios são autoconfiança e melhorias que a atividade física nos trás.

PÑC – Com o advento do MMA e o UFC, as artes marciais voltaram a ficar em evidência, sendo que o Jiu-Jítsu já na sua origem apresentava a luta em “pé”. Quais foram às principais mudanças entre o Jiu - Jitsu tradicional para o que é praticado atualmente?

Mestre Kaxambu – Quando iniciei meu aprendizado em 1964, tinha o Atêmi [Golpes traumáticos] que deram origem ao Karatê  A partir de 1975, criou-se o Jiu-Jítsu esportivo que é o que vocês conhecem hoje, as maiorias dos praticantes que formaram recentemente não sabem chutar, socar ou usar os joelhos e cotovelos pra defesa ou ataque.

PÑC – Como você enxerga a proliferação entidades representativa do Jiu - Jitsu? É benéfica?

Mestre Kaxambu – Se for ensinada com base nos princípios sim, a base é: equilíbrio, disciplina e harmonia.

PÑC – Pelos seus trabalhos com os jovens da cidade de Mantena (MG) com o Projeto Kaxambu foi lhe prestado uma homenagem, como você se sente com esse reconhecimento?

Mestre Kaxambu – Sou grato pelo reconhecimento obtido lá, graças ao apoio o nome da equipe está em destaque no Pan-americano, Copa do Mundo de Jiu-Jítsu, Campeonato Brasileiro, e Estadual.

PÑC – Defina Mestre Kaxambu por João Eugênio

João Eugênio – Uma Pessoa sempre pronta pra aprender, que gosta de ser útil ao meio em que vive, sendo a maior riqueza são os filhos.
Gosto de ser participativo, sempre pronto pro próximo desafio. A derrota será sempre um incentivo pra buscar melhoras. Sou grato a todas as oportunidades que tive inclusive esta, e estarei sempre à disposição.[O Blog que agradece por conceder essa entrevista].


Jiu - Jikan Serra dos Aimorés

Conheça mais sobre a  Jiu-Jikan Team:








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¹ Apesar do nome da modalidade ser jiu-jitsu, na verdade, a modalidade foi desenvolvida como especialização e ênfase das técnicas de solo e controle, ne waza e katame waza, e com menos ênfase às técnicas de luta executadas de pé, tate waza. Por não serem o foco principal da modalidade, os golpes de ate waza acabam tendo papel coadjuvante e/ou intermédio para a execução de um golpe final de submissão do adversário.
O criador do estilo foi, em princípio, Carlos Gracie, que adaptou o Jiu Jitsu de Mitsuyo Maeda (Kodokan Ju Jutsu, ou Judô) com ênfase à luta de solo, haja visto que seu porte físico punha-lhe em severa desvantagem contra adversários de maior porte. Partindo do princípio de que numa luta de solo, quando projeções ou mesmo chutes e socos não são eficientes, mas alavancas, sim, o porte físico dos contendores torna-se de somenos importância. Nessa situação, aquele que tiver melhor técnica possuirá conseqüentemente a vantagem.


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